Quem assiste Grey’s Anatomy, sabe que, às vezes, bate aquela curiosidade em saber mais sobre os casos apresentados na série, ainda mais por muitos serem inspirados em eventos!
Na lista abaixo, selecionados 10 desses casos reais que a série adaptou para a TV.
O verdadeiro McDreamy
Em 2004, um ano antes de Grey's Anatomy estrear, Shonda fez inúmeras pesquisas para tentar recriar em sua série como é de fato a vida pessoal e a rotina de um médico.Um programa da faculdade de Comunicação da USC (Universidade do Sul da Califórnia) conectou a produtora com o neurocirurgião Steven Giannotta, que não apenas foi um conselheiro, mas serviu como base na construção de Derek Shepherd.
Em depoimento para a revista The Hollywood Reporter, em 2014, Giannotta relatou o cuidado que toda a equipe da série tinha na preparação.
"Eles eram muito meticulosos. Queriam ser precisos em cada palavra, em cada uso de um instrumento em uma sala de cirurgia. Prestavam atenção nos mínimos detalhes", contou. As experiências reais no hospital de Giannotta, de morte de paciente no leito a curas, moldaram os casos que McDreamy lidou nos primeiros anos da série.
Mulher com múltiplos orgasmos espontâneos (Episódio 18 - Temporada 2)
Os produtores leram um artigo sobre o caso de uma mulher que precisou passar por uma cirurgia para parar de ter orgasmos espontâneos em situações impróprias. Era uma oportunidade perfeita para Grey’s Anatomy abordar essa condição um tanto quanto constrangedora.Homem cai de 47 andares e sobrevive
Na série, um lavador de janelas pula do 30° andar para se suicidar, mas acaba sobrevivendo – e por pouco não matando o Dr. O’Malley (T.R. Knight) no processo. A história real de Alcides Moreno é um pouco diferente e mais improvável. Ele e o irmão caíram do 47° andar, com sua plataforma para limpar janelas de arranha-céus, Moreno sobreviveu, mas seu irmão não teve a mesma sorte.Mini Fígados
A grande inovação médica de Meredith na 14ª temporada foi inspirada pela pesquisa do Dr. Eric Lagasses, um acadêmico do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Pittsburgh.A osteogenesis imperfecta do bebê de April e Jackson
A rara condição genética do bebê do casal – na qual os ossos da criança são extremamente frágeis – foi inspirada no drama de uma família de amigos da atriz Sarah Drew, que revelou ter sugerido a história para Shonda Rhimes quando descobriu sobre a gravidez de sua personagem.O “Homem-Árvore” com HPV (Episódio 3 - Temporada 7)
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Divulgação/ABC |
A garotinha imune à dor (Episódio 3 - Temporada 3)
Quando ainda era apenas uma criança, a atriz Abigail Breslin participou de Grey’s Anatomy como uma menina com Insensibilidade Congênita à Dor e Anidrose (ICDA), uma condição bem real na qual a pessoa não sente dor e, por isso, não sabe identificar sintomas de outras doenças.Homem Grávido
É possível um homem ficar grávido como em Grey's Anatomy? Dois médicos que trabalham na produção da série destrincharam esse e outros casos bizarros mostrados no drama hospitalar e revelaram que homem grávido foi inspirado em um tumor raro."Eu descobri que poderíamos dar vida a um homem com teratoma, que basicamente é um tumor com pequenos pedaços de tecidos, dente, cabelo, unhas...", explicou Zoanne Clark, médica com experiência em pronto-socorro.
"Um dos hormônios produzidos por esse tumor é o HCG, que faz o exame de gravidez ficar positivo. Então, quando eu juntei essas peças, falei: 'Feito! Temos um caso curioso e sabemos exatamente como fazer'."
Adolescente vive sem um coração por 118 dias
Este é um dos poucos casos em que a vida real foi bem mais incrível do que Grey’s Antomy fez parecer. Na série, os médicos conseguem manter uma jovem viva por dias sem coração, com apenas uma máquina bombeando o sangue de seu corpo. Na vida real, D’Zhana Simmons, de 14 anos, esperou por um coração para transplante por 118 dias na base do bombeamento artificial.Escamas de tilápia para curar queimaduras (Episódio 17 Temporada 15)
É do Brasil! Sim, a pesquisa inovadora do Dr. Jackson Avery (Jesse Williams) que usa pele de tilápia para tratar vítimas de queimaduras não só é real, como foi desenvolvida por uma universidade brasileira, no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Câncer de Catherine
Essa é uma história bem pessoal. Na 15ª temporada, o público se deparou com o câncer de Catherine Fox (Debbie Allen). Destemida, ela passou por uma cirurgia, mas os médicos não conseguiram retirar o tumor (localizado no tórax). Assim, a empresária recebeu a notícia de que teria que tocar a vida com um câncer (benigno) dentro dela pelo resto de sua vida.Foi exatamente o mesmo que ocorreu com Elisabeth Finch, uma das roteiristas da série. Certa vez, ela estava conversando com colegas sobre que é viver com câncer e como ela odiava as palavras batalha, luta, vitória e derrota. Elisabeth explicou esses e outros detalhes em entrevista para a Entertainment Weekly, na qual falou que Krista a encorajou a adaptar esse ponto de vista na jornada de Catherine.
A ordem foi obedecida, e assim foi o monólogo de introdução do episódio sobre o câncer de Catherine, narrado por Meredith Grey: "Batalha. Luta. Vitória. Derrota. Essas são palavras que falamos quando alguém está doente. Nós usamos um linguajar militar que deixa implícito que há uma luta justa. Mas quando o assunto é vida ou morte, o que realmente vem a ser uma vitória?".